quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Fedor n luta no final do ano

Apesar dos rumores fedor emilianenko não luta no final do ano

Na primeira semana de novembro, houve persistentes rumores de que Fedor Emelianenko - o numero 1, ia lutar no Japão.

Numa carta aos fãs japoneses sobre o Mix - Fight Championship site, ele declarou, "Que o seu desejo se tornaria uma realidade se ele fosse lutar no Japão em New Year's Eve", e continuou, "eu entrei em contato com o M - 1 Global e recebi total apoio No meu desejo de continuar a tradição dos combates no Japão, em New Year's Eve ".

Essa palestra foi colocada rapidamente ao resto do mundo quando o presidente do M - 1 'Global e CEO, Monte Cox, disse que não ia acontecer, que ouve uma oferta, eles analisaram, tentaram ver se era possivel, mas no final desistiram por causa do tempo.

"Ela não era uma má idéia. Foi planejado para ser tipo uma espécie de adeus aos fãs de Fedor no Pride ".

Agora, na quinta - feira, o Mix - Fight Championship site anunciou, "O primeiro evento M - 1 Global será no Japão, Saitama Super Arena, no dia 31 de dezembro! e ninguem menos que Fedor Emelianenko Campeão peso-pesado do Pride vai fazer a luta principal do evento ".

Nenhum outro detalhe foi encontrado, mas quando a luta foi pela primeira vez rumorada o site brasileiro Tatame.com relatou que uma oferta tinha sido prorrogado ao Ultimate Fighting Championship veterano Pedro Rizzo p/lutar contra Fedor

Brian Patton, vice - presidente da M - 1 Global, no entanto, negou qualquer conhecimento da luta.

"A equipe está no Japão agora, mas é em relação a uma luta na Primavera. Que eu saiba, não é Fedor, em dezembro. A não ser que as coisas mudaram desde a nossa última conferência telefônica, mas esse não era o objetivo quando a equipe partiu para o Japão.

"Existe a possibilidade da gente fazer algo no Japão, em Maio ou Junho, e foi p/ isso que a equipe foi para o Japão".

Patton também afirmou, "(M - 1 Global) n sabe nada sobre o MFC M - 1 site, o que significa que não estamos a cargo do mesmo.

"Estamos esperando para anunciar nossa primeira luta por dez 1."

Ele também esclareceu que Emelianenko, está autorizado a lutar por outras organizações fora da M - 1 Global, mas qualquer dessas lutas tem que ser aprovadas pela M - 1 em primeiro lugar.

Fonte MMA Weekly

Entrevista Joaquim Mamute


Faixa preta de Vinicius Draculino, o peso-pesado Joaquim Mamute falou com a TATAME logo após vencer a sua revanche contra Junior Cigano na final que definiu seu time o Wild Fire, capitaneado por Murilo Bsutamante, o campeão da temporada da MTL. Mamute falou como fez para anular o jogo do seu adversário, a série de lutas que tinha feito antes da primeira luta com Cigano e sobre seus planos para o MMA. Confira a entrevista na integra abaixo:

Sua estratégia era essa mesma?

Era. A gente estava até treinando isso lá no backstage mesmo, a gente sabia que ele ia mandar aquele pisão ali, e o lance era encurtar batendo, e tentar botar para baixo, mas eu já tinha falado isso com o Draculino, a segurança e a certeza da vitória vêm no treinamento que a gente faz. Eu tava muito tranqüilo, tava concentrado, consciente, to vindo zero, to bem treinado, diferente do XFC. Não que eu não estivesse treinado, mas eu tinha feito praticamente três lutas em uma semana, tinha acabado de vir do Predador, lutei com o André Mussi um round de dez minutos na primeira luta do XFC, e o Mussi é um cara que pesa 120kg, para depois lutar com o Cigano ainda. Então você pega o cara meio mal e o corpo sente, não é uma desculpa, mas o corpo realmente sente.

Você já tinha visto alguma luta dele antes?

Além da luta que eu tinha feito com ele, eu vi também a luta dele com o Sorriso. Ele é um cara muito duro, mas eu acho que experiência é tudo, então, quanto mais luta a gente faz mais experiente a gente vai ficando. Vamos perdendo também aquele medo do começo sabe: “Aquele cara bate muito, aquele cara soca muito”... Eu acho que foi tranqüilo, acho que deu para eu me livrar desse carma.

Quantas lutas você tem?

Tenho umas sete ou oito lutas, to com duas derrotas só, sendo que uma delas foi essa que eu me livrei agora, que foi para o cigano.

O Jiu-Jitsu você treina a quanto tempo?

Eu treino Jiu-Jitsu há 11 anos, sou nascido e criado na Gracie Barra, comecei com um aluno do Draculino mesmo, mas foi passando o tempo e não tinha muito treino para mim e eu tive que passar para a academia do Draculino onde tinha mais treino. Fui muito bem recebido e to lá até hoje e se Deus quiser vou continuar lá por muitos e muitos anos.

Qual é o teu sonho no MMA?

Eu acho que é o de todo mundo ai, que é o de ir lutar lá fora, chegar no UFC... Eu acho que o UFC não é o limite, acho que ainda vai ter coisa melhor ainda, mas do jeito que o esporte está crescendo, a gente não pode falar “eu quero ir pro UFC”, eu quero ir onde estiver melhor, no que tiver de melhor dos eventos do mundo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

João Derly Desfalca equipe


Bicampeão mundial sofreu lesão no ombro esquerdo e não participa de competições na China e no Japão.

O bicampeão mundial dos meio-leves, João Derly, desfalcará a equipe brasileira que irá à Ásia neste fim de ano. O judoca gaúcho sofreu lesão no ombro esquerdo (ruptura parcial do músculo supra espinhoso) e não participará do Mundial por Equipes na China, em novembro, nem da Copa Jigoro Kano, em dezembro. No Mundial, Leandro Cunha será o titular. Na Jigoro Kano, o Brasil não enviará representante na categoria.“João foi examinado pelos médicos da Sogipa, seu clube, e realmente não terá condição de lutar na China. Preferimos também poupa-lo da viagem ao Japão para lhe dar plenas condições de recuperação, sem risco de agravar a lesão”, explica o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.Derly está sendo examinado em São Paulo, nesta sexta-feira (9) pelo médico da seleção brasileira, Wagner Castropil.

Fonte

Miltinho x Jorge Brito no Capital Fight

Evento rola no dia 14 de dezembro

A capital federal será palco de mais um evento de vale-tudo. No dia 14 de dezembro o Ginásio do Cruzeiro, em Brasília, recebe o Capital Fight, iniciativa do empresário Bernardo Bessa. Como atração principal, a organização promete um duelo entre dois conhecidos lutadores do cenário nacional: Miltinho Vieira (BTT) e Jorge Brito (Black House). "A idéia é fazer bem feito para fazer sempre", declarou Bessa. O Capital Fight será um evento de lutas casadas, disputado em um ringue e de acordo com as regras adotadas no UFC. São prometidas mais três superlutas, além de confrontos entre promessas do vale-tudo brasileiro. Fique ligado e em breve traremos mais informações sobre o Capital Fight.

Fonte

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Dana fala sobre Sherk e Couture vs Minota


Dana White numa conferência de imprensa hoje dissee que se mantém a suspensão da Califórnia sobre Sean Sherk que se ele tiver mesmo usado o campeão vai perder seu título. Se Sherk tiver limpo, ele continuará a ser campeão. Ele também fez uma oferta para Randy Couture enfrentar Antonio Rodrigo Nogueira. É improvável, pelo menos neste momento, que venha acontecer, mas a oferta oficial foi feita e Couture ainda vai responder se aceita a oferta.

História do Aikido

Introdução à história do Aikido

O fundador do AIKIDO, Morihei Ueshiba, nasceu no Japão, no dia 14 de dezembro de 1883 e faleceu em 26 de abril de 1969.

Durante a infância, presenciando com freqüência malfeitores espancarem seu pai por problemas políticos, decidiu fazer-se forte para poder se vingar.

Tornou-se mestre em vários estilos de jiujitsu, espada e lança, mas, apesar de suas impressionantes capacidades físicas e marciais, sentia-se insatisfeito.

Voltou-se para o estudo religioso, na esperança de encontrar um significado mais profundo para a vida e, pela combinação de seu treinamento com suas ideologias religiosas e políticas, criou a moderna arte marcial AIKIDO.

Ueshiba decidiu-se pelo nome AIKIDO em 1942 (antes ele a denominou "Aikibudô" e "Aikinomichi").

Sob o aspecto técnico, o AIKIDO tem raízes em vários estilos de jiujitsu, em especial no Daitoryu Aikijiujitsu, e nas artes de luta com espada e lança.

Simplificando, pode-se dizer que o AIKIDO utiliza as torções, chaves e arremessos do jiujitsu e as combina com os movimentos corporais das lutas de espada e lança.

Deve-se levar em conta, entretanto, que muitas técnicas do AIKIDO são frutos das inovações do Mestre Ueshiba.

Sob o aspecto religioso, é preciso considerar que Ueshiba era devoto de uma das chamadas "novas religiões" do Japão, a Oomotokyo, uma fusão entre o Neo-Xintoísmo e um idealismo sócio-político.

Um dos objetivos da Oomotokyo é a unificação de toda a humanidade em um "Reino Celestial na Terra", onde todas as religiões unir-se-iam sob sua égide.

É impossível entender muitas das palavras e escritos de O-Sensei (o fundador) fora dos conceitos da Oomotokyo. No cerne de quase todas as interpretações filosóficas do AIKIDO, podemos identificar duas correntes fundamentais:

  • compromisso de resolver conflitos pacificamente, sempre que possível;
  • compromisso da auto-melhoria através do treinamento do AIKIDO.

Internacionalmente, foi criada a Federação Internacional de Aikido - IAF à qual o Brasil está associado.

Forjando o espírito no Aikido

O fundador Morihei Ueshiba pretendia que o AIKIDO fosse muito mais que um sistema de técnicas de autodefesa.

A intenção dele era fundir a arte marcial com um conjunto de ideais éticos, políticos e de disposição. Ueshiba esperava que, treinando AIKIDO, as pessoas se aperfeiçoassem tanto espiritualmente como fisicamente.

Não se percebe de imediato como a prática do AIKIDO pode resultar em qualquer transformação espiritual ou psico-física. Além disso, muitas outras artes declaram-se meios para levar seus praticantes à iluminação ou transformação psico-física.

Daí ser legítimo questionar se, ou como, o AIKIDO é diferente das demais artes no aspecto do efeito transformativo.

Deve ficar claro que qualquer poder transformador do AIKIDO não está somente na simples prática física das técnicas.

Para que o AIKIDO funcione como veículo de transformação psico-física e de auto-melhoria, nas linhas pretendidas pelo fundador, o praticante terá que adotar certas atitudes com relação ao treinamento e esforçar-se no cultivo de certos tipos de disposição cognitiva.

Classicamente, as artes que afirmam oferecer uma estrutura transformadora para seus praticantes estão enraizadas em tradições religiosas e filosóficas como o Budismo e o Taoísmo (a influência do Xintó nas artes japonesas é relativamente pequena).

No Japão, o Zen-Budismo exerceu a mais forte influência sobre o desenvolvimento das artes transformadoras. Embora a "nova religião" Oomotokyo tenha influenciado Ueshiba profundamente, encontramos aspectos das filosofias e práticas Zen e Taoístas no AIKIDO.

A transformação psico-física, pela prática do AIKIDO, com relação à incorporação das práticas e filosofias Zen e Taoístas, pouco diferirá da transformação pela prática de artes como o Caratê, Kyudô ou pela Cerimônia do chá. Todas elas têm em comum o objetivo de instilar em seus praticantes equanimidade cognitiva, espontaneidade de ação/reação e receptividade ao caráter das coisas como elas se apresentam (shinnyo).

O meio primário de produzir tais tipos de disposições nos praticantes é a repetição dos movimentos e posições fundamentais da arte e manter a mente totalmente voltada para a prática.

O fato de o treino no AIKIDO ser sempre cooperativo fornece outro enfoque para a construção de uma transformação pessoal:

O treino cooperativo facilita o abandono da postura mental competitiva, que reforça a percepção da dicotomia entre o praticante e as outras pessoas. Também instila uma consideração pela segurança e bem-estar do parceiro. Essa atitude será então estendida a outras situações.

Em outras palavras: a estrutura cooperativa para a prática do AIKIDO deve ser traduzida diretamente em uma estrutura de comportamento ético na vida cotidiana.

Fonte



História do Taekwondo

História do Taekwondo: Origem e Evolução

Apesar de ser um esporte oficialmente recente, a origem da arte marcial hoje conhecida como Taekwondo existe há mais de dois mil anos, numa época em que a Coréia (berço desta arte) era dividida em três reinos - Silla, Koguryo e Baekche - que viviam em constantes conflitos entre si e com seus vizinhos - China e Japão. Descobertas arqueológicas de pinturas nas paredes de Muyong-Chong, uma tumba real que remonta à época da dinastia Koguryo, nos permite evidenciar a prática de Tae-Kyon (a mais antiga forma de Taekwondo) num período anterior ao ano de 50 a.C.

As pinturas não deixam dúvidas sobre se realmente representam uma manifestação da antiga arte do Tae-Kyon: mostram homens desarmados praticando um combate e se utilizando de técnicas bastante características da arte, como a “faca da mão”, o punho cerrado e a posição de luta clássica.

Nesta época, destes três reinos que viviam em constantes conflitos, Silla (o menor e menos desenvolvido deles) estava sempre sendo invadido pelo outros, bem como por piratas japoneses, que se aproveitavam desua fraqueza e incompetência militar para saqueá-los. Ignorando suas diferenças com seu vizinho mais próximo, e preocupado com a segurança de seu próprio reino, o rei de Koguryu amedronta-se frente aos ataques dos piratas japoneses e resolve enviar forças militares para prestar treinamento a alguns guerreiros da nobreza de Silla e ajudá-los a combaterem e livrarem-se, e à própria península, dos ataques inimigos. Esta foi a primeira vez que o Taekwondo (naquela época conhecido como Tae-Kyon) foi introduzido no reino de Silla, que seria, a partir de então, seu maior propagador.

Uma vez contando com o apoio militar de Koguryo, o rei de Silla convocou a nobreza do reino para que formassem um grupo de elite, que se responsabilizaria pela defesa e proteção da nação. Esses nobres criaram um grupo que ficou conhecido como os Hwarang. Os Hwarang foram então treinados em diversas modalidades: arco e flecha, marcha, espada, bastão, lança, táticas militares e Tae-Kyon. Tornaram-se conhecidos em todo o reino. Seu rei, porém, acreditava que ainda lhes faltava uma ideologia, pois do contrário seriam nada mais que um grupo de assassinos bem treinados. Estudaram, então, história, filosofia confuciana, ética e moral budista. Daí formularam seu código de honra:

Fidelidade ao rei;

Lealdade aos amigos;

Respeito aos pais;

Nunca recuar ante o inimigo;

Só matar quando não houver alternativa.

Com a formulação deste código de honra, o movimento passou a denominar-se Hwarang-Do (Do significa “o caminho” em todas as artes marciais orientais).

A partir da formação do grupo dos Hwarang , Silla tornou-se tão poderosa frente a seus inimigos vizinhos que, no ano de 670 d.C., consegue unificar os três reinos da península sob a sua bandeira. É por isso que algumas fontes de pesquisa indicam este ano como o ano de surgimento oficial do Taekwondo, na cidade de Surabul da Silla; mas na verdade, a prática desta arte é bem anterior a este período, como nos provam as pinturas encontradas na tumba Muyong-Chong, e que remontam ao século I a.C.

A partir daí, os Hwarang viajam pelo interior da península para conhecer mais sobre a região e a população, e desta forma vão espalhando o Taekwondo por todo o reino durante toda a dinastia Silla , que se estende de 668 d.C. até 935 d.C. Durante esta época, o Tae-Kyon se torna popular como uma atividade de recreação ou um sistema de desenvolvimento físico, ainda que fosse também uma excelente forma de defesa pessoal. Somente durante a dinastia Koryo (935 d.C. - 1392 d.C.) esse foco começa a mudar. Nessa época o Tae-Kyon passa a ser conhecido como Subak e deixa de ser visto como um sistema de desenvolvimento físico, passando a ser encarado como uma arte marcial.

O primeiro livro conhecido sobre esta arte foi escrito durante a dinastia Yi (1397 d.C. - 1907 d.C.),com o objetivo de promovê-la entre a população em geral. Foi justamente esta popularização do Subak a responsável pela sua sobrevivência, pois durante a segunda parte da dinastia Yi a arte perdeu seu prestígio entre os membros da nobreza (que até então haviam sido seus grandes divulgadores) em função de mudanças na visão política das atividades militares.

No ano de 1907 termina a dinastia Yi, e a Coréia é invadida pelo Japão. Com o controle do país nas mãos do imperialismo japonês suprimem-se todas as modalidades de cultura local, inclusive o Tae-Kyon/Subak. Durante todo o tempo, até a libertação definitiva da Coréia em 1945, o Tae-Kyon é mantido vivo clandestinamente pela população, passado como legado de pai para filho e ensinado às escondidas por alguns mestres que recusavam-se a seguir as ordens de seus invasores. Por todo esse período, a sobrevivência do Taekwondo esteve nas mãos da população não originária da nobreza.

Com o fim da segunda guerra mundial o Japão perde prestígio e posição no mapa, bem como também todas as suas colônias, entre elas a Coréia. Findo o domínio japonês, surge em Seul a primeira escola (kwan) que afirma ensinar o verdadeiro Tae-Kyon. Este dodjam chamava-se Chung Do Kwan. No mesmo ano abrem também os dodjams Moo Duk Kwan e Yun Moo Kwan. No ano seguinte é a vez do Chang Moo Kwan. Todos estes estilos (kwans) afirmavam ministrar os verdadeiros ensinamentos da antiga arte do Tae-Kyon/Subak. Nos anos seguintes, mais escolas surgem, também afirmando-se as verdadeiras guardiães da tradição da arte: Soo Bak Do, Kwon Bop, Kong Soo Do , Tae Soo Do e Dang Soo Do.

Esta diferença entre os estilos e linhas impediu que houvesse uma regulamentação da arte por 10 anos.

Em 1952, o então presidente coreano Syngman Rhee assiste a uma demonstração de mais ou menos meia hora da arte marcial coreana, e se encanta com o que vê. O presidente ficou tão impressionado que ordenou que seu aprendizado constasse oficialmente no currículo de treinamento militar. Além disso, chamou o general Choi Hong Hi e pediu a ele que coordenasse o processo de unificação dos estilos. É em função disso que se justifica o acentuado vínculo militarista do esporte.

Após isso, no dia 11 de abril de 1955, um congresso reunindo os mais importantes mestres de cada escola, e sob a coordenação do general Choi Hong Hi, decidiu pela união dos estilos adotando o nome de Tae Soo Do. Dois anos mais tarde o nome é novamente mudado, sendo então adotada a nomenclatura que permanece atéos dias atuais: Taekwondo. As razões alegadas para esta mudança se referem ao fato de que o segundo nome (Taekwondo) se parece mais com o nome original da arte (Tae-Kyon), bem como expressa melhor seu verdadeiro sentido - a tradução de Taekwondo é “o caminho dos pés e das mãos”.

Desse dia em diante o Taekwondo não parou de crescer. Em 1964 é criada a KTA (Korean Taekwondo Association), e é realizado o primeiro campeonato de Taekwondo. Em 1967 é criada a ITF (International Taekwondo Federation), presidida pelo general Choi Hong Hi. A arte começa, então, a se modificar para assumir status de esporte e poder realizar competições que a divulguem pelo mundo: é nesta fase que surge a idéia da utilização de protetores, para garantir a integridade física dos competidores. Paralelamente, a ITF começa a formar mestres e a enviá-los para diversos países do mundo para que haja maior divulgação da arte.

Porém, no ano de 1972, o general Choi Hong Hi é expulso do país por envolver-se em disputas políticas entre as Coréias do Sul e do Norte (inimigas desde a época da guerra entre elas -1949/1955). No entanto, ele leva consigo a sede do ITF para o Canadá.

A reação da cúpula taekwondista coreana veio em seguida: com o apoio do governo sul-coreano é criada, no dia 28 de maio de 1973 a WTF (World Taekwondo Federation), sediada em Seul, presidida pelo Dr. Un Young Kim e unificada sob o estilo Kukiwon. As modificações são rapidamente passadas aos mestres ligados à entidade, o que provoca até os dias de hoje pequenas diferenças dentro do mesmo estilo, o que se explica pelo fato dessa mudança ter se dado de forma tão brusca e repentina.

Representando uma espécie de marco inaugural da entidade como nova reguladora da prática do Taekwondo no mundo, é realizado, neste mesmo ano (1973) o 1º Campeonato Mundial de Taekwondo, na cidade de Seul, evento que passaria a se repetir a cada dois anos, a partir daquela data.

Daí em diante, o Taekwondo passa a alcançar pontos cada vez mais elevados no cenário do esporte mundial, até que, indicado pelo GAISF (Associação Geral das Federações de Esportes Internacionais), o Taekwondo foi introduzido ao COI (Cômite Olímpico Internacional) em julho de 1980. A crescente evolução do Taekwondo como esporte se concretizou de fato no ano de 1982, quando foi indicado pelo COI como esporte de demonstração nas Olimpíadas de Seul, 1988. A indicação repetiu-se nos Jogos que se seguiram, em 1992, Barcelona. No ano de 1996 , o Taekwondo ficou de fora da Olimpíada , sendo averiguada sua participação como esporte oficial para o ano de 2000. Confirmado naquele mesmo ano como esporte oficialmente olímpico, o Taekwondo vive agora seu momento de maior esplendor e glória, ansiando por sua estréia oficial e definitiva nos Jogos Olímpicos de 2000, na cidade de Sydney, Austrália.

Sua popularidade vem crescendo tanto no mundo, que o esporte já está presente em mais de 120 países, e estima-se um número de praticantes superior a 20 milhões de pessoas.

Fonte

MTL


O MTL é um torneio de luta com formato diferenciado que é sucesso nos E.U.A. e será utilizado pela primeira vez no Brasil em um campeonato de MMA. Nele, quatro capitães apadrinham suas equipes para subirem ao ringue em uma disputa de muita adrenalina.
Serão 3 dias de campeonato com 4 times formados por 5 integrantes. A cada dia, além das 2 lutas de abertura, dois times se enfrentarão em duelos individuais e as equipes que obtiverem mais vitórias em cada semi-final estarão classificadas para a final, que ocorrerá no 3° dia do evento.

A temática do 1° MTL é baseada em um símbolo da cultura chinesa que representa o princípio da dualidade: Yin e Yang. Como uma necessita da outra para existir, essas duas forças são complementares e representam o equilíbrio entre mente e corpo.
Ao mesmo tempo, este símbolo representa que no ringue estarão presentes dois lutadores interdependentes representando forças opostas para que exista o espetáculo.

Fale conosco: mtl@mtlbrasil.com.br

A primeira final entre equipes da MTL foi no dia 11 do 10 de 2007, aonde o time WildFire capetaneado por Murilo Bustamante venceu o Time Avalanche de Rogerio Minotouro por 4 a 1 e se sagrou campeão da primeira Etapa da Liga Brasileira de MMA.

MTL


História do Vale-Tudo

A "HISTÓRIA" DO VALE-TUDO

O Vale-Tudo existe no Brasil há mais de 30 anos e nasceu dos desafios do Jiu-Jitsu, popularizado por Helio Grace, 85 anos, no Rio de Janeiro. Gracie aprendeu o Jiu_Jitsu em 1928 com o introdutor da modalidade no país, um conde japonês chamado Koma. De complexão franzina, Gracie foi atraído pela luta ao descobrir que poderia vencer pessoas bem mais fortes do que ele, com os golpes do Jiu-Jitsu. Foi a partir desta constatação que eu resolvi criar um Jiu-Jitsu brasileiro, dando ênfase à parte técnica, com golpes alavancados, como a chave-de-braço, onde a froça é o que menos conta, afirma Gracie, que hoje vive mais nos Estados Unidos, onde foi contatado por este jornal, do que no Brasil. Ciente da superioridade do Jiu-Jitsu sobre outras lutas, Gracie criou torneios de desafios, chamados de Vale-Tudo, dos quais participavam judocas, capoeiristas e boxeadores, cada um procurando impor a sua modalidade. Depois de um período de obscuridade, o Vale-Tudo voltou a popularizar-se quando o filho de Gracie, Rorion, que vive em Los Angeles, assim como seus irmãos Relson, Rickson e Royce, todos campeões de Jiu-Jitsu, criaram o Ultimate Fighting, como é conhecido o torneio de Vale-Tudo nos Estados Unidos. Nele, o Jiu-Jitsu brasileiro dos Gracies tornou-se uma luta quase invencível. Os vídeos dos torneios norte-americanos foram vendidos em todo o mundo, inclusive no Brasil, motivando o aparecimento de milhares de academias da modalidade e renovando a popularidade do Vale-Tudo. O Vale-Tudo é o que é graças ao Jiu-Jitsu brasileiro, avalia Gracie, que hoje dirige, com os filhos tres academias de Jiu-Jitsu: uma no Rio de Janeiro, eas outras duas em Los Angeles e no Havaí".


Vale-Tudo é uma modalidade de disputa, que no início tinha mais o intuito de mostrar qual é o melhor estilo de luta, do que começar uma nova luta. Hoje em dia o vale-tudo está em alta, além de atrair o público jovem, movimenta muito dinheiro que muitas vezes é o mais interessante para os lutadores.

Muitas pessoas acham que o vale-tudo é um esporte violento e estúpido, mas não, é apenas um esporte agressivo, onde dois lutadores travam uma sangrenta batalha para ver quem é o melhor.

Existe atualmente vários campeonatos de vale-tudo onde o mais popular é o Ultimate Fighting Championship

Na maioria dos vale-tudo as regras de combate são mínimas como por exemplo, não pode puxar o cabelo, morder ou enfiar o dedo nos olhos, o resto vale-tudo, apesar de alguns capeonatos hoje não aceitarem cabeçadas e nem chutar o adversário quando ele está no chão. O tempo de luta e a maneira como o juiz comanda o combate muda de campeonato para campeonato.

Fonte

história das Artes Marciais

História das Artes Marciais


As artes marciais existem há milhares de anos, e especialmente nos últimos 200 anos houve o surgimento de diversos estilos. Para estudar e aprender uma arte marcial chinesa é preciso ter uma visão geral sobre os seus princípios, as suas teorias e a sua correta forma de treinamento. Este texto alerta para determinados erros de conhecimento apresentados na abordagem sobre as artes marciais.

Base do treinamento da arte marcial
O desenvolvimento da arte marcial chinesa ocorreu principalmente entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, quando houve um aprimoramento da sua teoria.














Ao mesmo tempo, esta teoria foi sendo cada vez mais aplicada à prática, o que fez com que a qualidade das artes marciais chinesas crescessem. A evolução começou baseando-se nas formas conhecidas como Zhan Zhuang.

O Zhan Zhuang é uma postura aparentemente estática onde o indivíduo exercita tensão e relaxamento, treinando o espírito, a mente e o corpo. Existem várias posturas de Zhan Zhuang como Mei Tuin Pen, da família Mei Hua Quan; San Ti Shir Tsuan, da família Shiin Yi Quan; Yi Giin Tsuan, da família Shaolin Quan; Lian Yi Tsuan, da família Ba Gua Zhang; San Tsai Tsuan, da família Tai Ji Quan e Gii Gi Tsuan, da família Da Chan Quan, entre outras.

Com o aparecimento do Zhan Zhuang ocorre a evolução do estado primitivo das artes marciais para um novo estágio. Infelizmente, a evolução da arte marcial foi tolhida devido a problemas históricos e o Zhan Zhuang foi desaparecendo. Os principais problemas foram:
- O segredo das artes marciais era guardado dentro de uma mesma família, pois temia-se que o Gong Fu pudesse ser usado para o mal;
- Os governantes, que tinham o conhecimento das artes marciais, não queriam que este conhecimento fosse divulgado, com medo de que com a divulgação, o seu poder poderia ser ameaçado.
- As pessoas não conheciam o verdadeiro Gong Fu, porque a literatura sobre o assunto continha muita fantasia. Em conseqüência, havia muito charlatanismo e as pessoas eram enganadas.
- O Gong Fu exige uma prática individual. Assim, cada indivíduo adquire uma experiência própria, o que não era admitido na China. Lá o aluno devia obediência total ao professor, que nunca podia ser contestado.
- A criação de formas também causou o desaparecimento do Gong Fu.
- O Gong Fu necessita de uma teoria baseada em princípios científicos, o que não existe. Hoje ele se resume apenas ao conhecimento prático.

Zhan Zhuang Como Prática Fundamental

E necessário que a prática do Zhan Zhuang seja adotada como a prática fundamental de treino em artes marciais, já que a força e a potência utilizada nas artes marciais é diferente da força que é aplicada na vida diária e na prática esportiva. A força normalmente utilizada é a força mecânica, bruta, rígida e é limitada em uma situação de combate. Por este motivo, os grandes mestres denominam a força aplicada na arte marcial como Chuen Chin Ur . Na família Shaolin esta força é conhecida como Tchuan Chin Ur.
A força utilizada nas artes marciais é uma força que se aplica em condição de equilíbrio, utilizando todas as direções. O melhor método para obter esta força e potência é o Zhan Zhuang, que tem por função desenvolver a força e a potência necessárias para a arte marcial. Isso é feito fazendo-se com que o corpo fique totalmente parado (Zhan Zhuang). Assim, desenvolve-se a potência da arte marcial sentindo o movimento com o corpo ao se ficar em uma postura estática. Esta condição exige maior concentração e obriga que o corpo esteja relaxado, mantendo a respiração natural. Infelizmente, nos combates de artes marciais atuais, o praticante concentra-se, mas o seu corpo não relaxa, a respiração não é natural, o que provoca um cansaço além do necessário, forçando o batimento cardíaco.

Uso da Força
O ataque na arte marcial ocorre pela projeção da massa com uma velocidade determinada, e é preciso saber como se faz isso. Nos treinamentos esportivos normais a preparação do atleta envolve o corpo e o manuseio de equipamentos. Na arte marcial, a competição envolve apenas a presença de seus praticantes. O combate é mais complicado que uma competição esportiva. Para se treinar uma arte marcial é necessário que o praticante aprenda a utilizar de forma correta a sua força. Isso é feito através do treinamento que utiliza o Zhan Zhuang. Esta força que pode ser desenvolvida com o Zhan Zhuang e pode “explodir” juntamente com o movimento, envolve a concentração espiritual e física. O processo para desenvolver e treinar tal força não pode ser facilmente explicado e ensinado. Daí a necessidade de um mestre que oriente o aluno no caminho certo para o desenvolvimento de tal força.

O Trabalho de Posicionamento dos Pés
É muito importante o método de trabalho com os pés nas artes marciais. Numa competição de arte marcial, os lutadores não ficam parados, não há distância fixa para atacar. É derrotado aquele que não domina corretamente o espaço nem consegue se movimentar de forma adequada. O mais difícil no treinamento dos pés é o desenvolvimento da sensibilidade ao espaço.
Pode-se dizer que em um combate o trabalho com os pés representa aproximadamente 70% e o trabalho dos punhos 30%. Um ataque que sai de forma natural consegue uma perfeita coordenação entre os pés e as mãos. Caso contrário, não há técnica, apenas o emprego da força bruta. Os mestres de arte marcial chinesa enfatizam a aplicação do movimento dos pés de forma simples, prática, sem fantasia, já que movimentos desnecessários conduzem às falhas.

O Combate
O que diferencia a arte marcial da dança ou acrobacia é o combate. Atualmente, entretanto, o treinamento na maioria das artes marciais não se aplica ao combate real. Nos treinos pode-se reconhecer qualquer estilo (família), mas no combate real, eles se fundem, perdendo as suas principais características.
Pode-se dizer que a arte marcial que possui técnicas de ataque e defesa separadas não tem alma. Na verdadeira arte marcial, o ataque é a defesa e a defesa é o ataque. Não existe diferença entre uma coisa e outra. O corpo como um todo juntamente com o espírito devem agir como uma só coisa, para combater o oponente física e espiritualmente.

A Moral na Arte Marcial
A arte marcial chinesa considera a moral como o seu princípio e fundamento. O praticante deve treinar o físico e o espírito, respeitando seu mestre e colegas, além de prestar ajuda a quem precisar, isto é, preocupando-se com as outras pessoas. Estas atitudes devem ser realizadas com consciência e coragem, discernindo o bom e o mau, sempre mantendo a honestidade, rigidez, humildade e perseverança.

História do Kung Fu

Origem:

Kung Fu - É um sistema de luta desenvolvido na China. Seus estilos surgiram das observações dos animais e também através de outras metodologias. Porém, ninguém sabe ao certo quando surgiu. Embora já tenha mais de 4.000 anos, a verdade nele continua novinha porque, vai se adaptando de tempos em tempos como uma arte tradicional.

A história do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar. Sendo assim, tentarei cortar muito dos mitos e apresentar um relato claro. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.

Os Primórdios

Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da Dinastia Shang (1766 - 1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate. Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens. O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer. O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado por Sun-tzu (A Arte da Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o ju jutsu japonês). As dinastias Ch'in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marciais como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo(Filosofia Tao) começou a influenciar a filosofia de luta. Na dinastia Jin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje. Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu. O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.

A lenda de Bodidharma


Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma. Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).

Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.

Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.

Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.

Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.

Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim). Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: "Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?"Bodhidharma replicou: "Nenhuma!" (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.

Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung. Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.

É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).

O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch'i (energia interior).

Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch'i.

O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo. Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes: Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.

Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance. Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance. Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance. Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos. O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.

A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch'uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch'uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes. O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.

A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch'uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch'i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.

O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.

O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.) Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).

Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.

Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.

Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t'ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera. A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch'i (energia interior) do que condicionamento físico. Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.

O Termo "Kung Fu"


Kung Fu (功夫, Pin Yin:kung fu) , que tem a acepção de é uma palavra chinesa em forma coloquial que pode significar "Tempo e habilidade" ou "Trabalho Duro", adquiridos através de esforço e Competência na luta corporal.

O termo não era muito popular até a segunda metade do século XX; por isso raramente é encontrado em textos modernos fora da China. Acredita-se que, no Ocidente, a palavra foi usada pela primeira vez no século XVIII, pelo missionário jesuíta francês Jean Joseph Marie Amiot. Com a imigração de chineses (cantoneses, em sua maioria) para a América, o termo começou a se difundir. Os chineses de Guang Dong (Cantão) costumavam a se referir treino das lutas corporais a atividade que requeria muito tempo de prática ou trabalho duro sob rigorosa supervisão de um mestre competente, e em seu dialeto usavam a expressão kung Fu.

Entretanto, o termo ganhou popularidade de fato a partir do final dos anos 60, graças aos filmes de arte marcial de Hong Kong (especialmente os de Bruce Lee), e aos seriados para televisão que levavam no título o termo Kung Fu. Sua popularidade no mundo se deu pelos filmes a partir dos anos 60 do século passado e dos EUA através de Bruce Lee e da série da TV 'Kung Fu' estrelada por David Carradine.

Wushu

Wushu é um termo chinês que literalmente significa arte marcial. Este é o termo correto para o que no ocidente se passou a chamar errôneamente de kung fu (ver tópico abaixo). Na China o termo Kuo Shu, que significa arte nacional, também é usado, na acepção de arte marcial. Existem catalogados na China centenas de estilos de arte marcial, e estes classificam-se em duas escolas: Waijia ou escola externa, e Neijia ou escola interna. Na primeira se inclui a maior parte dos estilos de wushu, alguns originários do templo de Shaolin (ou outros templos, como Emeishan, Fukien, Huanshan, para citar os mais famosos). Já a segunda se tornou mais famosa a partir do templo do Monte Wudang, centro que enfatizava estilos tradicionais, alguns muito famosos no Ocidente, como o Pa Kua Chang (Baguazhang), Hsing-I Chuan (Xingyiquan) e o Tai Chi Chuan (Taijiquan); entretanto, algumas modalidades da escola interna, como o I-Chuan, o Hsing-I e o Pakua, não tiveram origem em templos. Uma reformulação moderna com um intuito esportivo é o Wushu Olímpico (ou Wushu Moderno), que consiste na criação de katis desenvolvidos com as principais técnicas dos estilos do norte e do sul da China e suas armas, exigindo principalmente a execução correta dos movimentos marciais.

O Nascimento do Wushu

Com o Kung Fu Shaolin firmemente plantado no solo da China, a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos. Durante a dinastia Sung (960-1279 d.C.), houve um grande aparecimento da sociedade de Kung Fu, nem todas promovendo boas ações. Sociedades tais como os Dragões Negros ou as Tríades eram muito fechadas - quase como famílias. Seus objetivos iniciais não são claros, mas com o poder vem a corrupção, e muitas sociedades de Kung Fu voltaram-se para o crime. Não era raro encontrar um mestre de Kung Fu de uma determinada escola (kwoon) ou província vagando de vilarejo em vilarejo, testando sua habilidade. Muitas vezes havia duelos até a morte. Além de lutas mortais, havia muitas demonstrações públicas para atrair novos praticantes. De acordo com a crônica da capital de Kaifeng, estes "shows de rua" eram muito populares.

Na dinastia Ming (1368-1644 d.C.), o Kung Fu era conhecido historicamente como chi yung e a arte floresceu, especialmente no Sul da China. Os estilos de Shaolin do Sul concentravam-se no templo Shaolin, na província Fukien. Wang Lang da província de Shang-tung criou o famoso estilo Louva-a-Deus (Tang Lang Quan (do Sul)), baseado nos movimentos do inseto de mesmo nome.

Os estilos da garça branca (Pak Hok) e do macaco (tsitsing pi qua) surgiram também. Talvez, o maior evento internacional durante este período tenha sido a introdução do Kung Fu no Japão. Ch'en Yuan-ping viajou ao Japão e introduziu o ch'in-na, uma forma de manipulação das juntas que acrescentou muito ao Jujutsu japonês. A maior documentação histórica desta era ocorreu quando Qi Jiguang, um conhecido general, compilou um livro tratando de 16 diferentes estilos de exercícios com as mãos desarmadas e umas 40 técnicas com lança e bastões de três partes. Ele criou também uma série completa de teorias e métodos de treinamento, dando assim grandes contribuições ao Kung Fu.

Quando os Manchus derrubaram a dinastia Ming em 1644, eles estabeleceram a dinastia Ch'ing, que caiu em 1911. O Kung Fu era chamado de pai ta, e 18 sistemas de armas para combate foram praticados. Sociedades secretas floresceram, especialmente a Sociedade da Lótus Branca, que era enfatizada no taoísmo. As sociedades da dinastia Ch'ing eram organizações que desejavam derrubar os Manchus ou afastar as influências européias ocidentais de seu país.

Muitas sociedades ensinavam a seus membros que suas técnicas de Kung Fu os tornariam invencíveis, mesmo para balas de armas de fogo. Isto provocou a Rebelião dos Boxers (chamados "boxers" pelos estrangeiros, porque os chineses enfrantavam as balas desarmados). Naturalmente, mãos desarmadas não enfrentam balas, e a rebelião foi esmagada. Isto trouxe desrespeito para a validade do Kung Fu. Durante esta era, os métodos de Kung Fu interior (nei-chia) começaram a se tornar populares.

A era comunista foi introduzida depois da queda dos Manchus. O Kung Fu agora passava a chamar-se wushu ou kwo su. Poderosos chefes guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu, desenvolvendo muito respeito à arte. Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito tem sido feito desde então para promover o Kung Fu. Velhos métodos de luta voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados para combinar e restabelecer vários métodos antigos, e o Wushu nasceu. Só no final da década de 1960 que o Kung Fu começou a ser ensinado para os ocidentais, e arte se torna cada vez mais popular em todo o mundo.

Nota: O registro histórico chinês menciona, pela primeira vez, o Kung Fu no ano de 2674 a.C., ou seja, 4.676 anos já se passaram desde esse registro até o ano de 2002.

Fonte: Livro Segredos do Kung Fu - escrito by Uniao Ton Lon Kung Fu.




História do Hapkido

No início dos tempos as Artes Marciais já eram treinadas não só pelo exercício físico dos monges, mas para que determinados povos lutassem por seus objetivos. Dessa mesma forma, numa época passada, o país que hoje conhecemos por Coréia, era dividido em três reinos: Silla, Koguryo e Paekche. Dentro dos conflitos decorrentes destes três reinos, todos tinham em comum a prática das Artes Marciais. Essas Artes continuaram sendo treinadas e desenvolvidas até os dias de hoje, sofrendo grande influência de países vizinhos como China e Japão.
Uma das pessoas que teve grande influência no desenvolvimento das Artes Marciais coreanas foi Young Sul Choi. Nascido em 1904 em Chung Buk (Coréia), órfão com poucos anos de idade, foi levado ao Japão e adotado como aluno por um dos maiores Mestres daquele país na época: Sokaku Takeda.
Takeda era o grande Mestre do estilo Datoryu Aikijujutsu (praticado, conduzido e difundido até hoje, pela família Takeda). Esse estilo contribuiu também para o desenvolvimento de outra Arte Marcial japonesa, o Aikido. Após mais de 30 anos de treinamento, Choi decide retornar a sua pátria levando em sua bagagem todo seu aprendizado.
Assim, com toda estrutura já existente dos estilos coreanos, tendo sempre chutes como forte característica, mais o arsenal de Young Sul Choi, nomes de estilos vão surgindo como Hapkikwonsul, Yusul e finalmente HAPKIDO.
Existem linhas divergentes quando se pergunta quem foi o fundador do Hapkido. Alguns atribuem a YOUNG SUL CHOI e outros a HAN JAE JI . É importante dizer que Choi foi professor de Ji. Porém podemos observar a situação de diferentes ângulos . O maior estudioso de Artes Marciais Coreanas, Dr. Kimm He-Young, após anos de pesquisa nos diz o seguinte:
"Podemos aceitar as duas posições dizendo que Choi acendeu o palito de fósforo, mas quem fez a fogueira foi JI".

É necessário acrescentar que a maioria dos estilos de Arte Marcial existentes foram denominados nesse século.

História do Boxe

Muitos tipos de boxe

Enquanto que o uso dos punhos como arma em brigas de rua deve remontar aos primórdios da Humanidade, os mais antigos documentos evidenciando a prática de pugilismo como esporte tem entre 4 000 a 5 000 anos, e foram encontrados na Suméria ( civilização que desenvolveu-se na região do atual Iraq ) e Egito. Entre esses antigos documentos existem várias terracotas escavadas pelo arqueólogo Dr. E. A. Speiser em Sinkara e Khafaji - hoje em exposição no Museu do Iraq - e inúmeros afrescos funerários egípcios, como os que podemos visitar em Beni Hasan. São também muito variadas as regiões da Terra onde desde os mais remotos tempos se sabe da existência de técnicas pugilísticas.

Assim que existem, ou ao menos existiram, muitos estilos de pugilismo: o dos sumérios e babilônios, o egípcio, o minóico, o grego, o etrusco, o romano, o francês, o chinês, vários tipos de boxe indianos ( o boxe muki, o malla-yudha, etc ) etc, etc.
O boxe que nos interessará aqui: o boxe inglês

Por brevidade, nos limitaremos a tratar apenas da origem e evolução daquele pugilismo que hoje denotamos simplesmente por "boxe" e que, para sermos mais precisos, deveríamos chamar de "boxe inglês".
Geograficamente falando, a história do boxe inglês teve três grandes etapas:

  • origens e desenvolvimentos iniciais: Inglaterra entre 1000 e 1850 dC
  • centrado nos USA: de 1850 a 1920
  • difundido pelo resto do mundo: a partir de 1920, aproximadamente.

Existiram várias regras regendo as lutas de boxe

Ao longo dos tempos, o boxe inglês foi lutado sob três tipos de regras: as Regras de Broughton ( introduzidas em 1743 ), as Regras de Londres ( introduzidas em 1838 e modificadas em 1853 e 1866 ) e as Regras de Queensberry ( introduzidas em 1867 e que já sofreram várias alterações ).

Mas o que é realmente importante apontar desde já é que, conforme veremos adiante, essas regras influiram decisivamente nas técnicas de combate ( guarda adotada, socos preferidos, defesas usadas etc ), na duração das lutas, na frequência com que um lutador atuava e até no tipo de pessoas que se dedicava ao boxe. Só para adiantar um exemplo: na metade do século vinte existiam muitos profissionais com mais de 100 e até 200 lutas, enquanto que até a época das Regras de Londres, como se lutava sem luvas, raramente um boxeador chegava a fazer 20 lutas em sua vida.

As apostas muito influiram no boxe

Conforme veremos em detalhe mais tarde, a origem e evolução do boxe inglês foram determinadas decisivamente pelas apostas em dinheiro. Ora, como reclamava o mais famoso boxeador do século XIX, John Sullivan, a mistura de dinheiro com o pouco gabaritado público do boxe sem luvas produzia uma mistura explosiva que resultava em frequentes distúrbios públicos: antes, durante e depois das lutas. Isso provocava a repressão policial: o interrompimento de lutas ( até o início do século XX era comum a polícia subir no ringue e parar a luta; o campeão mundial dos pesados Jack Johnson teve algumas vitórias declaradas "por interrupção da polícia" ), o aprisionamento dos lutadores ( John Sullivan foi preso várias vezes ), bem como fêz com que muitos chefes de polícia proibissem o ensino e prática do boxe em suas jurisdições.

Contudo, essa repressão teve seu lado bom: ela ocasionou a maioria das modificações de regras que o boxe teve ao longo dos tempos e que lhe permitiram evoluir esportivamente.

Só recentemente foi proibida a luta de agarramento no boxe

Até pouco mais de cem anos, antes das Regras de Queensberry, o fato de os lutadores não usarem luvas fazia com que o ritmo das lutas fosse muito mais lento do que atualmente. Todo soco dado machucava muito tanto a quem dava como a quem recebia. Como consequência, muito poucos socos eram aplicados durante a luta: os lutadores tinham grande preocupação com a defesa e só usavam os punhos quando achavam que o soco poderia ser aplicado perfeitamente. Grande parte do tempo das lutas, principalmente depois dos primeiros rounds, era gasto com manobras defensivas e com agarramentos visando desgastar o adversário segurando-o com uma mão e batendo com a outra ou procurando sua projeção ao chão para então chutá-lo ( era o que se chamava de purring ).

A sequência de figuras abaixo mostra algumas características do boxe francês, uma mistura do savate com o boxe inglês, como praticado há cerca de duzentos anos. Além de observar a curiosa guarda e o uso de desvios ( parries ) como defesa dos socos, note o uso de golpes de luta de agarramento. A técnica de projeção aí mostrada é uma variante do "cross buttock" que era a mais popular projeção do boxe inglês até o final do século XIX.


O boxe sempre fascinou membros de todas as classes sociais

Quanto a isso, é importante apontar que esse fascínio tem algo de paradoxal na medida em que embora a classe média tendesse a abominar o boxe, a elite e a classe pobre sempre o apoiaram e sustentaram. Por exemplo, numa das lutas mais famosas de todos os tempos, a de Heenan versus Sayers em 1860, o parlamento inglês não teve quorum no dia do combate e isso que todo o mundo sabia que a polícia proibira o evento e prometera recorrer à violência para impedir a realização do mesmo. Aliás, talvez quem melhor caracterizasse esse paradoxo tenha sido o Duque de Clarence que, ao ser indagado do que fazia misturado com a ralé que apostava numa luta, respondeu que "estava ali como inglês e não como lord".

O apoio da aristocracia inglesa permitiu o boxe evoluir tecnicamente, tanto pelo patrocínio oferecido aos lutadores como pela abertura de academias que eram frequentadas pela nobreza. Por outro lado, as maiores perseguições que o boxe sofreu partiram de membros da classe média e ocorreram principalmente na época dos puritanos e na Era Victoriana.

Foram raras as perseguições do boxe oriundas de membros da aristocracia inglesa. O exemplo mais importante sendo consequência da luta entre Broughton e Jack Slack, em 1750, e na qual o temperamental Duque de Cumberland perdeu uma aposta de 10 000 libras esterlinas, uma enorme quantia na época. Suspeitando que tivesse sido vítima de uma "marmelada", o duque fêz com que o parlamento britânico fechasse todas as academias e locais de lutas de boxe e tornasse sua prática proibida. Essas medidas fizeram o boxe inglês mergulhar na clandestinidade por quase quarenta anos, sendo que por muito pouco não desapareceu definitivamente.

Passando à História do Boxe

Os grandes estudiosos da História do Boxe costumam dividí-la em, no mínimo, dois grandes períodos: o do "pugilismo inglês", que vai até cerca de 1740, e o do genuíno "boxe inglês", que vai de cerca de 1740 aos dias atuais. No pequeno resumo da História Mundial do Boxe, que passaremos a desenvolver, consideraremos a seguinte periodização :
ÍNDICE GERAL DE NOSSA HISTÓRIA MUNDIAL DO BOXE:

1.- Observações introdutórias <==== V. está aqui no início
2.- pugilismo europeu até cerca de 1400
3.- pugilismo vale-tudo arcaico: 1400 a 1719
4.- pugilismo vale-tudo de Figg: 1719 a 1743
5.- boxe sob as Regras de Broughton: 1743 a 1838
6.- boxe sob as Regras de Londres: 1838 a 1890
7.- boxe sob as Regras de Queensberry: de 1890 até 1920
8.- boxe moderno, pós 1920.
9.- boxe amador olímpico


Fonte: Boxergs

História do Muay Thai


A história de Muay Thai caminha junto com a história do povo tailandês - ambos são entretanto difíceis de descobrir suas origens.

Quando o exército Birmane invadiu e arrasou Ayuddhaya, os arquivos de história tailandesa ficaram perdidos. Com eles, foi também muito da história do começo do Muay Thai. O pouco que nós sabemos, vem das escritas do birmane, visitas européias cambojanas antigas e algumas das crônicas do Reino de Lanna - Chiangmai. O que todas as fontes concordam é que o Muay Thai começou em um campo de batalha de combate selvagem na forma de lutar. O Muay tailandês veio da evolução das lutas campais. As fontes não estão claras e freqüentemente contradizem se contradizem. Mas há duas teorias principais. Alguns historiadores e a tradição oral contada por anciãos(pessoas mais velhas) dizem que a arte se desenvolveu junto com as tribos do povo tailandês que viviam nas proximidades da China sofrendo grande influência das artes de combate chinesas nas lutas no campo agricola e na busca de terras para viver e plantar. A outra teoria diz que o povo tailandes já estava na área que hoje é a Tailandia e que o Muay tailandês foi desenvolvido para defender a terra e o povo de ameaças de invasão constantes. O segundo, é controverso, tem apoio acadêmico considerável e poucas evidências arqueológicas. Porém, a primeira fonte é possível pois está de acordo com a versão dos antigos mestres praticantes desta arte é conhecido o uso do Muay Thai como uma tradição e na parte essencial de direito da cultura tailandesa e das suas raizes. Na Tailândia, é considerado o esporte de reis.

Antigamente, assuntos nacionais foram decididos em lutas de Muay Thai. O primeiro grande registro sobre o Muay Thai como luta e o também como uma habilidade no campo de batalha, esta na época do Rei Naresuan em 1584, um tempo conhecido como o período de Ayuddhaya. Durante este período, todo soldado treinou Muay Thai e deveriam utilizar o metodo, como o Rei também o fez. Lentamente o Muay Thai se mudou para longe de sua raiz o ' Chupasart' e técnicas novas da luta foram evoluindo. A mudança na arte foi continuada debaixo de outro Rei lutador - Prachao Sua - o Rei de Tigre. Ele amou Muay Thai tanto que ele mesmo lutava freqüentemente mascarado em locais de competição, e normalmente derrubando os campeões locais. Durante o reinado do Rei de Tigre a nação estava a paz. O Rei, manteve o exército ocupado, ordenou o treinamento em Muay tailandês. O interesse no esporte já era alto mas agora o valor do Muay Thai havia aumentado consideravelmente. O Boxe tailandês se tornou a favorita brincadeira e passatempo das pessoas, exército e o Rei. Fontes históricas mostram que as pessoas de todos os níveis e em momentos de suas vidas se reuniram para treinar em acampamentos. Ricos, pobres, jovem ou velhos, todos fizeram o treinamento no MuayThai em algum momento da vida. Hoje temos o que podemos chamar de thai boxe o muay thai ao sistema moderno.

É antiga as competições de lutas. Todas as aldeias organizavam seus prêmios e lutas e tiveram seus campeões. Todos torneios se tornaram uma competição apostada como também uma competição de orgulho local. A tradição de apostar permaneceu com o esporte e hoje são apostadas somas grandes no resultado das lutas. Boxe tailandês sempre foi popular mas como a maioria dos jogos esportivos, houve momentos em que era mais na moda. No reinado de Rei Rama V, muitos lutadores Muay eram lutadores da guarda real. Estes pugilistas foram recompensados com títulos do exército pelo Rei. Hoje os títulos, como Muen Muay Mee Chue de Chaiya ou Muen Muay Homem Mudh de Lopburi são virtualmente intraduzíveis. Eles querem dizer algo comparável a Especialização na arte de bater. Na ocasião eles foram admirados e respeitados por esses títulos. O Rama período de V era outra idade dourada do Muay Thai. Lutas nos acampamentos eram constantes e valorizadas, O Comando Real - recrutou os pugilistas mais talentosos para fazerem parte da guarda do Rei. Os promotores das Lutas começaram a fazer as grandes Lutas que foram dados grandes prêmios e honra aos seus vencedores. Isto emocionava as pessoas então tanto quanto os torneios principais que hoje se faz em Bangkok em lutas em estádios. As lutas não eram feitas em ringues como nós conhecemos no Muay Thai mais recente. Qualquer espaço disponível do tamanho certo era usado, um pátio, um descampado de aldeia. As mudanças que o esporte sofreu foram mudanças radicais inclusive no uso de equipamentos. Por exemplo, lutadores tailandeses sempre usaram os chutes baixos. Um pontapé ou joelhada nos orgãos genitais, para os Lutadores eram um movimento perfeitamente legal até os anos de 1930. Porém nessa época uma proteção foi feita de árvore, coqueiros ou conchas de mar onde envolveram o material com pedaços de pano amarrado entre as pernas e ao redor da cintura. Foi dai que surgiu a coquilha. Em 1930 vieram as mudança mais radicais no esporte. Foi então que se introduziu as regras de hoje e regulamentos. Cordas amarradas aos braços e mãos foram abandonados e luvas passaram a ser utilizadas pelos lutadores. Esta inovação também se deve ao respeito e ao sucesso crescente dos Pugilistas tailandeses no boxe internacional. Junto com a introdução de luvas, veio classes de peso baseados nas divisões do boxe internacional. Estas e outras inovações - como a introdução de cinco rounds, substancialmente alterou as técnicas de luta que os pugilistas usavam causando assim o desaparecimento de alguns lutadores importantes da época. Antes da introdução de classes de peso, um lutador poderia lutar com qualquer adversário de tamanho e diferença de peso. Porém, a introdução das classes de peso ajudou os lutadores a lutarem mais emparelhados e uniformemente sainda de cada categoria um campeão. A maioria dos lutadores tailandeses pertencem às classes de peso mais baixas. Setenta por cento de todos os lutadores pertencem à mosca e divisões de peso pequenos. Há médios e meio-pesados mas eles não são vistos com freqüencia e as categorias mais pesadas raramente lutam. Os estádios, antes dos rigues atuais, começaram durante o reinado de Rama VII antes do Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, desapareceram gradualmente mas cresceram rapidamente de novo logo depois - o Muay tailandês não tinha perdido nada de sua atração. Os pugilistas da parte norte do país uma vez mais estavam na direção da fama e fortuna em Bangkok. A glória poderia ser achada em estádios como Rajdamnern e Lumpinee. Depois, eles passaram a lutar ao vivo pela televisão. O Canal 7 da tailandia e radiodifusão começaram a mostrar as lutas em cores há mais de 25 anos atrás.

O Princípio das Artes Marciais e do Karate



Formas de autodefesa são, provavelmente, tão antigas quanto a raça humana. O Karate e as demais artes marciais atuais têm suas raízes mais remotas no século V e VI antes de Cristo, quando se encontram os primeiros indícios de lutas na Índia. Esta luta era chamada "Vajramushti", cuja tradução aproximada poderia ser "aquele cujo punho cerrado é inflexível". Vajramushti foi o estilo de luta do Kshatriya, uma casta de guerreiros da Índia.

Em 520 A.D., um monge budista chamado Bodhidharma (também conhecido como "Ta Mo" em chinês ou "Daruma Taishi" em japonês), viajou da Índia para a China para ensinar Budismo no Templo Shaolin (Shorinji). A lenda conta que quando ele chegou encontrou os monges do Templo numa condição de saúde tão precária, devido às longas horas que eles passavam imóveis durante a meditação, que ele imediatamente se preocupou em melhorar a saúde deles.
O que ele ensinou foi uma combinação exercícios de respiração profunda, yoga e uma série de movimentos conhecidos como "As Dezoito Mãos de Lo Han" (Lo Han foi um famoso discípulo de Buda). Esses ensinamentos foram reunidos em um só e os monges logo se descobriram capazes de se defender contra os muitos bandidos nômades que os consideravam uma presa fácil.
Os ensinamentos de Bodhidharma são reconhecidos pelos historiadores como a base de um estilo de arte marcial chamado Shaolin Kung Fu.
Diferentes estilos de Kung Fu se desenvolveram quando as personalidades e as nuanças dos monges emergiram.
Haviam dois templos Shaolin, um na província de Honan e outro em Fukien. Entre 840 e 846 A.D., ambos os templos, assim como muitos milhares de templos menores, foram saqueados e queimados. Isto foi supervisionado pelo Governo Imperial Chinês, que na época tinha uma política de perseguição e importunação sobre os Budistas.
Os templos de Honan e Fukien foram mais tarde reconstruídos somente para serem destruídos por completo pelos Manchus durante a Dinastia Ming de 1368 a 1644 A.D. Somente cinco monges escaparam, todos os outros foram massacrados pelo imenso exército Manchu.
Os cinco sobreviventes tornaram-se conhecidos como "Os Cinco Ancestrais". Eles vagaram por toda China, cada um ensinando sua própria forma de Kung Fu. Considera-se que este fato deu origem aos cinco estilos básicos de Kung Fu: Tigre, Dragão, Leopardo, Serpente e Grou.
Como cidadãos chineses emigraram para as ilhas de Okinawa, novos sistemas se desenvolveram. O nome genérico dado às formas de luta de Okinawa foi "Te", que significa "mão".
Haviam três principais núcleos de "Te" em Okinawa. Estes núcleos eram as cidades de Shuri, Naha e Tomari. Conseqüentemente os três estilos básicos tornaram-se conhecidos como Shuri-te, Naha-te e Tomari-te.
O primeiro deles, Shuri-te, veio a ser ensinado por Sakugawa (1733-1815), que ensinou Sokon "Bushi" Matsumura (1796-1893), e que por sua vez ensinou Anko Itosu (1813-1915). Foi Itosu o responsável pela introdução da arte nas escolas públicas de Okinawa. Shuri-te foi o precursor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se chamar Shotokan, Shito Ryu e Isshin Ryu.
Naha-te tornou-se popular devido aos esforços de Kanryo Higaonna (1853-1916). O principal professor de Higaonna foi Seisho Arakaki (1840-1920) e seu mais famoso aluno foi Chojun Miyagi (1888-1953). Miyagi também foi à China para estudar. Ele mais tarde desenvolveu o estilo conhecido hoje por Goju Ryu.
Tomari-te foi desenvolvido juntamente por Kosaku Matsumora (1829-1898) e Kosaku Oyadomari (1831-1905). Matsumora ensinou Chokki Motobu (1871-1944) e Oyadomari ensinou Chotoku Kyan (1870-1945) - dois dos mais famosos professores da época. Até então Tomari-te era largamente ensinado e influenciou tanto Shuri-te como Naha-te.

Fonte: Karatê Brasil

Hisória do Judô


Jigoro Kano, nascido em 1860 na cidade litorânea de Mikage, próxima a importante cidade de Kobe, se transfere para Tóquio onde, já com 18 anos de idade e estudante da Universidade Imperial, resolve remediar sua fraqueza física tomando aulas de jiu-jitsu com o sensei ("professor" em japonês) Teinosuke Yagi. Com a morte deste, Jigoro Kano passa a treinar com Hachinosuke Fukuda e depois com Masatomo Iso, da escola Tenshinshynio. Outro professor foi Tsunetoshi Tikudo, da escola Kito.

Em 1882, com 23 anos, Jigoro Kano funda sua própria escola, Kodokan, onde ele acrescentou ao jiu-jitsu três metas: educação física, competição e adestramento espiritual. A filosofia principal e o aperfeiçoamento moral formando pessoas educadas, de mente calma e o corpo fisicamente preparado para o trabalho. Pessoas prestativas, humanas e dignas que trabalhem para o bem comum. Entre os primeiros alunos de Kodokan se destacaram: Tomita, Yamashita, Tabata, Yokoyama, Shiro Saigo e Mifune.

O maior êxito foi alcançado pelo judô quando os alunos de Kano enfrentaram conservadores lutadores de jiu-jitsu e venceram espetacularmente. Isto aconteceu em 1890, ano da grande decisão entre a escola Totsuca de Jiu-Jitsu e a Kodokan. Treze alunos da Kodokan ganharam vitórias nítidas e apenas dois empataram.

Por que Jigoro Kano criou o judô? Essa é uma pergunta simples, fácil de se responder, e encontrada em varias bibliografias sobre judô. Jigoro Kano, fez jiu-jitsu como sua primeira arte. Depois conheceu varias outras artes "jitsu", como: ami-jitsu, ninjitsu... O judô, que era chamado antigamente de jiu-do, significa em japonês "o caminho suave". E isso foi exatamente o que Kano fez. Ele fez uma junção de mais de 15 artes "jitsu" nas quais ele teve oportunidade de aprender com vários célebres mestres da arte e, tirou praticamente todas as partes lesivas, que usavam socos e pontapés. A intenção de Kano em criar o judô, foi de criar cidadãos pacíficos, e não marginais. Esta arte não foi feita para atacar alguém, e sim se defender, é por isso que dizem que o judô é uma arte de autodefesa. Mais uma prova, é que nos golpes usados, é preciso puxar o oponente para trás. Em outras artes, raros golpes são tão defensivos igual no judô.

Em qualquer país do mundo existe, ainda hoje, alguma publicação que fala dessas artes marciais de antigamente; geralmente estas publicações são raras e difíceis de conseguir. Em primeiro lugar temos os países do extremo oriente: Índia, China e Japão. Também os gregos da antigüidade tinham o ainda hoje conhecido, Pankration, uma combinação de luta livre com boxe, no século XI havia na Irlanda a luta Glimo, no século XIV na Inglaterra o Cornval-Stil, luta corpo a corpo desarmada. Mesmo na Alemanha se tem numerosas publicações que descrevem a antiga luta livre, gravada por Albrecht Duerer. Os golpes dos antigos soldados, gravados por Duerer em cobre, tem uma semelhança surpreendente com as técnicas de derrubada do judô moderno. Existe um manual da luta livre, de Fabian Auersbach, um manual de esgrima de Talhofer, muito parecido com as regras do jiu-jitsu, bem como o livro, ainda hoje disponível, Luta na Cova, com técnicas parecidas com as do judô, e finalmente na Holanda o Worstel-Konst, de Nicolais Petter.


Fonte: Judo ES

História do Jiu-Jitsu

Nomes, de esquerda para direita: Rolker, Royce, Rorion, Helio, Relson, Rickson, Royler

Historia do Jiu-Jitsu

"O Jiu-jitsu começou muitos anos atrás, na India, épcoca de Buda. Os monges budistas viajavam muito e eram saqueados. Para evitar isto, eles inventaram uma forma de defesa dai nasceu o jiu-jitsu. Jiu-jitsu ao pé da letra significa arte suave e tem três princípios básicos: a técnica, a alavanca e a base. Depois da India foi para a China e posteriormente para o Japão. No Japão, deu um grande salto, tornou-se conhecido como é hoje em dia, e se inventou o kimono. Do Japão veio para o Brasil em 1914 através do lutador Mitsuyo Maeda. Os Gracies aprenderam Jiu-Jitsu com Maeda e vieram para o Rio de Janeiro montando a primeira academia brasileira de jiu-jitsu cujo endereço era na Rua Marques de Abrantes no Flamengo em 1925, e de lá para cá o jiu-jitsu foi muito aperfeiçoado pela familia gracie. Os gracies eram, Carlos, Gastão, Helio, e outros, sempre fazendo um marketing muito agressivo desafiando todos para mostrar eficiência da arte do Jiu-jitsu. Helio Gracie, aperfeiçoou o jiu-jitsu de tal forma que deu condições para que uma pessoa magra pudesse lutar contra uma pessoa grande e forte, tornando-se o pai do jiu-jitsu brasileiro, e de lá para cá, o "gracie jiu-jitsu" só tem vitórias. Mais tarde, os Gracies mudaram a academia para o Centro da Cidade na Av.Rio Branco 151, 17 e 18 andar, e de lá para cá a academia gracie e os gracies sempre lutaram vale tudo. Em 1981, a academia gracie saíu da Av. Rio Branco e sua nova sede foi estabelecida no clube Vasco da Gamma, na Lagoa. Em 1985 mudou de sede novamente e foi para o colégio Padre Antonio Vieira no Humaitá onde se encontra até hoje." _ Rolker Gracie

Mensagem do Mestre Helio Gracie:

"O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saude. O problema consiste na criação de um Jiu-Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jitsu é, principalmente, benificiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jitsu."

Fonte: Royler Gracie